dois zero vinte e cinco

 

este ano quero

~ dar-me mais a mim

= voltar a ir à praia com frequência e deixar-me de medos do preço da gasolina e da possibilidade de haver trânsito

= ir ao yoga na praia nas quartas de manhã, eventualmente cumprir a parte de mergulhar no mar também

= deixar que as coisas venham ao meu encontro ao invés de procurar por elas e passar horas a fazer a curadoria de pastas no pinterest, a tirar prints, a criar listas infinitas de filmes que não vejo e livros que não leio; deixar que as coisas venham até mim, confiar que a vida me irá fazer cruzar com aquilo que preciso

= confiar nas coisas de que gosto (descobri-las também)

= ir mais a Ferrel

= preocupar-me menos com o dinheiro que ainda não tenho, preocupar-me menos com a falta no geral, e voltar a perceber o que me faz sentir grata (listas disto, sim)

= ir a uma sessão de escuta intimista e deitar-me no chão só a ouvir

= comer laranjas, tangerinas, pêssegos, fruta que me escorra pelos braços abaixo até aos cotovelos (e deixá-la escorrer)

where//where//where

 não sei mesmo como me aproximar de mim e o desespero que isso me causa está a dar-me a volta à barriga

onde estou quem sou como estou, debaixo de tantas camadas

(talvez comece por caminhar e por ver um filme em casa)

passos para recuperar a minha consciência

 1. ver (finalmente) um filme do Éric Rohmer
2. ir ao parque
3. arrumar o meu quarto
4. caminhar caminhar caminhar
5. calçar as minhas sabrinas pretas de tiras
6. lavar a cara
7. usar a extensão reader mode para ler coisas online
8. voltar a londres
9. fazer 32 anos
1.
2.

there's something fast paced media (a fast paced world) can't give me pt. II

there's something fast paced media (a fast paced world) can't give me

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 talvez o segredo esteja em não me apegar às coisas más

somehow the air feels crisper e eu lembro-me de como as pessoas normais se sentem todos os dias

☁️☁️☁️

 a chuva cai, o céu enche-se de cinzento e eu sinto que estou a ser protegida por uma manta de calmaria, dentro de uma redoma onde o tempo é mais simpático. parece que parou de correr e sentou-se finalmente ao nosso lado, com pernas à chinês e um sorriso travesso, mas cheio de cumplicidade. este ano voltei a ser uma grey season girlie, uma canção de fleet foxes e o som das gotas e parece que algo respira dentro de mim depois de meses a prender a respiração. agora vou levantar o rabo do sofá e vou para o tapete tentar perceber se o meu corpo ainda sabe falar comigo e se eu ainda o sei ouvir. boa sexta-feira <3 

ouçam, com um cházinho, a mantinha felpuda, mil almofadas e a janela aberta a deixar entrar o som da chuva e a brisa fresca ainda não demasiado fria:

afinal há uma palavra para aquilo que sinto, para não saber bem estar onde sempre estive, para sentir que as ruas me escapam da mão, que a minha casa não me quer, que a cidade sofre metamorfoses que não consigo acompanhar, que corre corre corre e não espera por mim, para não saber o que esperar de um mundo que até há tão pouco presumia ser um amigo de confiança:

solastalgia

it happened and nothing can take that away from you

 i was there i was her

e isso ninguém pode mudar (nem eu)

qua. 25/09 19:50

e, por mim, setembro pode continuar

álbuns favoritos de setembro #1

☁️☁️☁️

scratch the itch

 I would’ve sat there all day for it, and indeed I did.
— chloé williams

aquela frase que lês e que scratches the itch no teu cérebro. tenho uma vela de cereja a arder e são 23:49 de uma quinta-feira de quase outono. o mundo parece ter escutado as minhas preces e abrandado um pouco. anseio pela brisa que se faz sentir, mas o meu corpo ainda não sabe muito bem o que fazer dela. ele parece ter saudades do sol e eu pareço querer envolver-me num outono precoce. construir um ninho e deixar-me estar nele. 

i noticed the sky getting darker earlier (20:42 e já é de noite)

 i created a pinterest board para setembro e a vontade que tenho de fugir para a praia (ainda não fui à praia este verão e já ele começa a escurecer mais cedo). agosto e setembro vão ser o meu verão condensado dentro de uma latinha, aveludado doce e quente,

vou saltar na água//vou aproveitar as noites quentes//vou andar de bicicleta//vou meter a cara ao Sol//vou andar descalça e ganhar sardas//vou (continuar a) ouvir jazz//vou esticar-me no tapete de ioga

sementes de framboesa que vou plantar e espirais ꩜

e duas músicas que se adequam à ocasião

::música 1::

::música 2::

sentia que não a alcançava//agora sinto que me escapa das mãos

aquí estic jo

 y aquí estoy un'altra volta~

sem saber muito bem como onde e porquê, só a pensar que a vida vive-se (é para ser vivida) e que há tanta vida a escapar-me ao meu redor 

quero dançar sair nadar crescer esticar-me para todos os lados
ter um pêssego a escorrer-me pelo queixo e pelos braços
-abaixo
um livro na barriga enquanto apanho sol
quero sentir o possível sentir que há possível

e a questão ºe

o que me impede

?

jo estic aquí
(não basta isso?)

 coisas favoritas a 27/04

~gia margaret
~os cravos vermelhos
~a liberdade
~o amor(resistente)
~a consistência (a minha)

hinoki wood e coisas descobertas no meu programa favorito de rádio num sábado à hora de almoço

embody your future self

 não quero transformar-me em quem vou ser à força, quero estar com o meu eu de agora, comigo, aqui

🏝️

                     formentera                                      alicudi

                                            hydra                                 ciés                                agrigento            eu

        lanzarote                   

                                                                                mallorca        amorgos

                           elafonisi                                                                             folegandros

                                                        filicudi                               levanzo

ando obcecada com ilhas

 elas preenchem os meus pensamentos e puxam e empurram como as correntes que varrem as suas praias,

o isolamento, o sol abrasador, a imobilidade do ar, os picos e as areias, perto do sol cheias de mar pelos lados

não é tranquilidade, é um encontro comigo mesma com o qual sonho e que anseio, com delírios e espaços parados no tempo, com pausas no fluxo

olhar o bicho no olho e ficar em pé 

quase pesquisei fotos da mary gaitskill

 

there’s one thing i like to do — to never search writers faces. i like that their writing does the talking and builds their face, a crooked nose, a skinny wrist, another gender, eyes deep and hands full of secrets. their words mash together into this amorphous being (i am never able to imagine concrete things in my mind), their energy seeping through everything i know and am. they talk to my face and i sit and listen and listen and listen.

can you wait just a few minutes? i'm making him some scrambled eggs

exercises to reclaim my body #1

 separar-me da obrigatoriedade de estar cronicamente contactável, ir ao minimercado sem nada mais do que a carteira e o meu corpo

timelapse

 uma das coisas de que mais gosto é de um dia quentinho de sol, no início da primavera, de espreitar pela janela e ouvir a música dos vizinhos encher o ar de possibilidade magia e amor;este sábado a que tocou - e me tocou - foi esta🛸🪐

ao ler o diário de 5 anos

 life is crazy

dois mil vinte e quatro

juro que no voy a llorar más

 

lembrar-me daquilo que já fiz,

lembrar-me daquilo de que sou capaz,

lembrar-me da vida que tenho em mim,

lembrar-me daquilo que ainda é possível,

lembrar-me de mim,

(also happi happi new year 🦦🌟)

                     

as minhas 00h00 e a lista da somuchloveinthisclub

(que bem podia ser minha)