domingo

be the cowboy

I grew up feeling alienated – so I became a cowboy

sexta-feira

a mimi morreu

há coisas que são só de mim, só dos outros mas só de mim ao mesmo tempo. músicas livros canções trechos. a minha criança carente quer dizer-te olha gosto tanto disto e estender-te as mãos abertas em conchinha com o tesouro dentro, na esperança que se te iluminem os olhos e respondas eu também gosto tanto disto. mas tu não irias perceber, ninguém iria. porque há coisas que são só de nós e não há outro ser neste universo e no outro e no outro que perceba, que possa compreender porque é que isto é um tesouro. e, se pensares bem, isso é uma coisa tão bonita. tão triste. mas tão bonita. eu estou só aqui. e tu estás só aí. 
26 coisas que aprendi com 26 anos

1. A minha vida vai ao meu ritmo e isso é ok
2. Vou ficar bem, mesmo quando não parece
3. Posso ir até ao fim do mundo mas vou estar sempre comigo, para o bem e para o mal
4. Pegar um avião não é solução
5. Acordar cedo sabe bem
  5.1. Para isso tenho de dormir cedo, o que ainda não sabe tão bem
6. O meu corpo sabe mais do que eu
7. Nunca é demasiado cedo para beijar ou fazer o que tens vontade de fazer (as regras são uma convenção social. na maior parte funcionam, mas às vezes podes ignorá-las)
8. Fazer coisas e ir a sítios/eventos sozinha não é tão assustador como parece
9. I can carry myself. sou forte o suficiente para o fazer.
10. A sério, ouvir o meu corpo

terça-feira

teotfw

the problem with a person having a lack of love is that they don't know what it looks like. so it's easy for them to get tricked, to see things that aren't there. but then we all lie to ourselves all the time.

quarta-feira

diário de bordo de um amor-a-dias

dia 12

escrever as listas de compras à mão


terça-feira

diz-me lá rapaz como fazes

a linha verde. diz ele que, como povo, vivemos na nostalgia. na saudade. porque que é que os estrangeiros cismam tanto nesta palavra vá-se lá saber, eu nem lhe acho assim tanta piada. a linha verde. estou aqui, arroios, e já estou lá à frente no tempo em que vou ter saudade (merda, juro que não escrevi esta palavra por querer) de estar aqui. se calhar até tem razão, mas sabe tão bem. o severo enche o ar, a televisão também porque assim me sinto um bocadinho menos sozinha. sou sempre tão sozinha e sei que pode soar triste e depressivo, mas na verdade não tenho paciência para ser menos do que isso. nos últimos dias tenho andado aqui sem cá andar. nevoeiro nevoeiro nevoeiro e lá vou pescando palavras para tentar fazer algum sentido no meio desta névoa. 

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mesa de camilha. adormecer com as pernas debaixo dela. o veludo verde da saia por cima. as cabras nas pernas. a avó, o avô,  a avó. o cheiro de gato a queimar o pêlo. as torradas feitas nas brasas.