segunda-feira

joan


that's kind of the way… i feel about confronting pain. i wanna know where it is.


quarta-feira

it's wednesday i'm in love (with these two)

 

2022

 prosper

                                      intentional

                                                                               successful

sábado

janelas alheias

tinha uma música muito bonita no piano que o shazam não conseguiu reconhecer mas que consegui descobrir porque ele reconheceu a seguinte

na finlândia ouvia-se happy together dos the turtles,

uma das minhas músicas favoritas,

e beatles com a eleanor rigby

quarta-feira

cancer, leo rising by sophie robinson (excerpt)

i want to know a thing so well it makes me sick
i want to love a thing so often it disappears
i want to run around & run around until i get to lie down 
i want to bark the name of anything until i pass out

sábado

por aqui por ali

o ano a chegar ao fim e eu com vontade de voltar aqui. não sei bem como, então acho que vou só atualizar a minha lista de coisas a fazer.

e atualizar o 28 para 29 😬

não que seja 😬fazer anos, e cada vez me sinto mais grata por poder passar mais um tempo por aqui e pela paz e conhecimento que vem chegando de mansinho. mas ainda me faz muita confusão pensar no atropelo dos dias que não param de vir e ir e no assustador que é pensar o que será a minha vida quando quem está aqui não estiver mais. mas é bom agora, e isso é que conta — ainda estou a aprender esta parte, de não pensar no que será e fazer que conte o que é. e é isso, acho que vou andar por aqui um pouquinho mais agora. ou talvez não, sem pressões.

~

coisinhas boas que aconteceram nos últimos tempos (dois anos, um ano):

  • fiz uma pós-graduação;
  • comecei a trabalhar de forma razoavelmente estável numa área que gosto (oi freelas da vida);
  • descobri uma profissão que me apaixona;
  • comecei a fazer terapia;
  • comecei a sentir vontade de fazer coisas que o meu eu criança gostava de fazer (comer banana com sumo de laranja e açúcar, arranjar uma consola e jogar sem me preocupar com o tempo quando posso, ficar acordada para acabar um livro bom, ouvir shakira, dançar na sala e permitir-me falar pelos cotovelos e dizer as coisas que acho que outros vão achar parvoíce — vejamos o que surge mais)
  • comecei a usar o tiktok e tem sido uma ajuda muito grande para me sentir mais leve e mais compreendida, e para me conectar mais com a minha irmã (temos o mesmo humor basicamente) 
  • fiz uma tatuagem muito fofa que me lembra do meu pequenino grande coração corajoso

quinta-feira

 os meus amores são três poemas de Matilde

terça-feira

 a vida como uma série de desentendimentos


algumas coisas são feitas para ser sentidas
outras nem por isso e é apenas isso que são, o que são


i think it's interesting how we as humans struggle with meaning
want meaning
die for meaning
even better yet, we die without a meaning
wither
cry
mas o vazio do não-significado tem tanto de pacífico como de assustador

um não-significado inerente
podemos dar às coisas o nome que quisermos mas elas são em si aquilo que são
porque nos é tão difícil olhar para uma coisa e vê-la como ela é

segunda-feira

pra frente é que se anda

a ideia de que tudo na existência se move em direção à complexidade está entre as coisas que me assombram. do mesmo modo que abres uma porta e mesmo que a feches nada muda o facto de que a abriste e estás agora ciente do que existe para lá dela. que só nos movemos para a frente e para o mais complicado. às vezes gostava muito de voltar a 2009, ter dezasseis anos e estar na minha secretária (que eu odiava por ser alta demais e volumosa demais) a ver o concerto dos Florence + The Machine em Glastonbury e a fazer scroll no tumblr. quando tudo parecia ser mais leve e feito de forma tão pouco calculista, apenas feito porque nos dava gozo ou nos fazia felizes. quando andávamos aqui para falar uns com os outros. longe de IG stories, de jogos emocionais, de ter de calcular distâncias antes de dar um passo, longe de polaridades, longe de dormências, de FOMOs, longe de caras e dedos pregados na telinha de seis polegadas. “num sistema termicamente isolado, a medida da entropia deve sempre aumentar com o tempo, até atingir o seu valor máximo.” às vezes penso que é para aí que caminhamos, para o caos total. 

(ok, tempo de meter travão nisto e ir ver um filme do studio ghibli e fingir que não se passa nada)