quarta-feira

aos meados de junho

comecei a deixar de ser capaz de ler o meu horóscopo; é um pouco impossível acreditar que estive anos a preparar-me para esta época de abundância após a fricção e que os meus poderes de manifestação estão mais poderosos do que nunca quando o mundo à nossa volta parece estar a desmoronar-se e a aprofundar uma dor cada vez mais coletiva, quando o ódio se torna difícil de ignorar e os nossos esforços para acabar com a injustiça parecem ser tão ínfimos, ainda que muito válidos em si mesmos. não quero dizer com isto que está tudo perdido, mas talvez haja coisas mais importantes do que juntar imagens no Pinterest daquilo que gostaria de ver na minha vida. de que vale a minha felicidade individual se for erigida numa torre de marfim?

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