segunda-feira

exactamente um ano depois




 tenho saudades de tanto verde, de tanta leveza, de tanto frio, de tanta paz.
 missing my peaceful home of the heart.

sábado

cosmos pt2


03:52. festival que chega ao fim, eu que não consigo dormir. o vício. que continue a poder fazê-lo por tempos e tempos e tempos.

cosmos


Alguém diz com lentidão: 
“Lisboa, sabes…” 
Eu sei. É uma rapariga 
descalça e leve, 
um vento súbito e claro 
nos cabelos, 
algumas rugas finas 
a espreitar-lhe os olhos, 
a solidão aberta 
nos lábios e nos dedos, 
descendo degraus 
e degraus e degraus até ao rio. Eu sei. E tu, sabias? 

 Eugénio de Andrade

segunda-feira

catalina


o verão sem fim, o verão que já vai a meio e ainda nem começou, a vida confusa, confusa. o verão sem fim que ainda não chegou. encontrar a casa em ti, ti que não és tu mas que sou eu, encontrar a casa em mim. um deserto infinito como o verão. quente, as palmas dos pés a doer, sem saber se é gelo ou fogo, se queima ou queima. a liberdade, a liberdade que não sou capaz, que não sou eu, a liberdade que é tudo o que quero, o oásis tão bom e tão desconfortável ao mesmo tempo. o risco sem cálculos. e a paz, também. odeio a merda da matemática. vento nos cabelos, areia no ar, pele descoberta. um pôr-do-sol, porque o pôr-do-sol é a cor mais bonita de habitar. infinitos. ser infinito. ser, só ser. 

nas palavras da Jemima

Those transitional, soul-level-change moments we experience are never dramatic. Epiphanies don't really happen. They're a myth. Real transformation is boring and uncomfortable, like working out on your birthday when you have no plans. Change slips in unnoticed while you're busy trudging through something pretty unremarkable.